Procura por imóveis mais amplos cresce em 2020
A pandemia causada pelo COVID-19 trouxe várias mudanças comportamentais e sociais para a população. Consequentemente, os hábitos de consumo também sofreram alterações, e isso não seria diferente para o mercado imobiliário. Uma dessas flutuações do setor é a procura por imóveis mais amplos.
Neste artigo, trouxemos dados de pesquisas que mostram essa nova realidade, e também refletimos sobre as novas necessidades, desejos e comportamentos dos consumidores. Continue lendo:
Reviravolta inesperada
Os impactos do novo Coronavírus atingiram todos os setores e a economia brasileira passa por momentos difíceis. As novas gerações que saíam da casa dos pais e/ou que atingiam a independência financeira buscavam por microapartamentos – ambientes com apenas um quarto, estúdios, kitinetes ou pequenos espaços que eram caracterizados pela funcionalidade, localização central e privilegiada.
Portanto, a necessidade, no mercado imobiliário, era focar nesses microapartamentos e em todas as multifuncionalidades que possuíam. Com isso, eles despontavam como tendência absoluta. No entanto, o cenário mudou: a procura por imóveis mais amplos cresceu em 2020.
O que as pesquisas apontam
Se antes o que mais importava era a localização do imóvel, com o isolamento social, ter uma casa com quintal ou então um apartamento mais espaçoso se tornou o desejo de muitas pessoas.
Segundo uma pesquisa exclusiva do Estadão com a imobiliária digital QuintoAndar, a busca por kitinetes e estúdios caiu cerca de 10% nessa pandemia. Já o interesse por casas de rua subiu 8%, enquanto casas de condomínio alcançaram o surpreendente número de 20%. Outro quesito que a pesquisa apontou foi o interesse por quantidades específicas de quartos nos imóveis. A procura por casas e apartamentos com apenas 1 quarto teve queda de 10%, enquanto imóveis com 2, 3 ou até mesmo 4 quartos subiu 30% na escala.
Outras imobiliárias também trazem números parecidos. Na Lello Imóveis, as casas tiveram o dobro de vendas no mês de abril em relação ao começo do ano. Na empresa Lopes, houve um aumento de 40% na procura por casas entre os meses de março a junho de 2020, em relação ao mesmo período no ano passado.
A necessidade e popularização do home office
Como consequência da pandemia e da necessidade do isolamento social, muitas empresas optaram por trabalhar em home office. Mesmo após sete meses, alguns escritórios ainda continuam vazios e dão a opção para que seus funcionários continuem trabalhando de casa – uma tendência que deve aumentar ainda mais nos próximos anos. O trabalho remoto fez com que as pessoas passassem mais tempo em suas casas e, pegas de surpresa, tiveram que se adaptar com os espaços que tinham.
Escritórios improvisados, ambientes personalizados e adequação de espaços já existentes figuraram na pandemia. Com isso, ter um ambiente próprio para o trabalho dentro de casa se tornou um fator essencial para algumas famílias. Esse quesito contribuiu para que imóveis mais amplos – com um cômodo a mais, especialmente para essa modalidade – fossem mais procurados. A adoção desse regime de trabalho também dispensa a obrigatoriedade de viver em regiões centrais: com o trabalho remoto, distância deixa de ser um problema. O isolamento social pede espaços maiores, com ambientes que facilmente possam ser compartilhados e que ainda apresentem características multifuncionais.
Espaços mais amplos para lazer
Além da necessidade de um espaço personalizado e próprio para o home office, a procura por imóveis mais amplos também reflete na necessidade de ambientes para lazer. A busca de imóveis com mais de 120 m² e que possuam jardim e piscina também é crescente. Por conta do isolamento social e de outras orientações da Organização Mundial da Saúde, vários estabelecimentos precisaram fechar suas portas ou restringir o número de visitantes, o que impacta seriamente no quesito de lazer que cada indivíduo precisa ter.
Por conta disso, muitas famílias optaram por buscar o lazer em suas próprias casas: por meio de espaços verdes, para descansar e relaxar; em academias privadas e quadras de esporte, para exercitar o corpo; em salas de jogos e cinemas particulares, para mais entretenimento; em jardins e hortas, para maior contato com a natureza, etc.
Segundo um levantamento feito pelo site Imovelweb, no mês de maio foi registrado um crescimento de 19% na busca por casas com jardins em relação ao mês anterior. Além disso, houve um aumento de 20% nas pesquisas por apartamentos com varandas e a procura por imóveis rurais aumentou em cerca de 52%.
Projeções para 2021: o que pode mudar?
É impossível que a pandemia não tenha trazido reflexões e mudanças de comportamentos para cada indivíduo. Empresas tiveram que reestruturar suas cartelas de produtos e serviços e ainda se adequar ao “novo normal” para se manterem no mercado. Com as pessoas esse sentimento não seria muito diferente; ele apenas se adequa e se transforma para a realidade de cada um.
A tendência é que a procura por imóveis mais amplos continue a crescer – ou então que, no mínimo, os números se mantenham mais sólidos e constantes. As novas formas de lazer e de trabalho não somente tiveram que mudar em 2020, como também devem continuar como opção no próximo ano, ainda mais quando nos referimos à parcela de pessoas que já conheceu e escolheu esses novos modelos e hábitos de vida. Cuidados com a saúde – tanto física quanto mental – têm sido prioridade, e esse comportamento não deverá mudar mesmo após o fim da pandemia. E espaços amplos, com opções de lazer, tranquilidade e conforto são ótimos aliados para ajudar a manter corpo e mente sadios.
Podemos citar como um grande exemplo desta tendência o Mueller Ocean Club, o mais amplo da categoria. Com mais de 220 metros quadrados de espaço privativo, área de lazer completa e infraestrutura de clube, o empreendimento é uma ilha de bem-estar cercada de conforto por todos os lados. Saiba mais clicando aqui.